Delegacias da mulher no Rio Grande do Sul receberão oito viaturas 1v4h2a
Investimento de R$ 1,35 milhão é resultado da parceria entre o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos e a Secretaria de Segurança Pública do estado.
Oito viaturas serão adquiridas para uso nas Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs), no estado do Rio Grande do Sul (PC-RS). Os veículos são resultado do investimento de R$ 1,28 milhão do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) e outros R$ 77 mil em parceria com a Secretaria de Segurança Pública do estado.
"As polícias civis e militares são, em geral, a porta de entrada principal que as mulheres buscam quando se sentem ameaçadas e até mesmo quando agredidas, por isso estamos fomentando a aquisição de viaturas e equipamentos", destaca a adjunta da Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres (SNPM/MMFDH), Dinah Silva.
De acordo com a secretária adjunta, a ação é uma estratégia para o fortalecimento da rede de atendimento, que tem como objetivo reduzir os casos de violência contra a mulher. "Esse é um compromisso assumido pela SNPM em encontros com a Polícia Civil e Militar", enfatiza.
Os valores investidos pelo ministério são de emendas parlamentares de comissão e relatoria, do Congresso Nacional. Para a ação, os Poderes Executivo e Legislativo realizaram trabalho conjunto.
Efetividade
A chefe da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, delegada Nadine Anflor ressalta que a aquisição vem em boa hora. Segundo ela, a idade média do efetivo de veículos é antiga e impossibilita ações educativas, que também constam nos objetivos.
"Não somente aquele trabalho de polícia judiciária, de investigação depois que o crime aconteceu, mas também de viaturas que vão possibilitar aos policiais fazerem - além dessa busca ativa de mulheres vítimas de violência - palestras, encontros com pessoas nas comunidades", afirma.
Para a delegada-chefe, as novas viaturas cooperam também com o trabalho dos profissionais. "Isso traz, além de segurança para as mulheres vítimas de violência, uma renovação de esperança. Traz o que é fundamental para os policiais, um estímulo para que eles vejam que estão sendo valorizados nessa área, que eles são muito importantes e fazem a diferença não somente para a mulher, mas também para a família inteira", completa.
Estado
O Rio Grande do Sul possui 5,8 milhões de pessoas do sexo feminino (51,3% da população) e ocupa a 4ª posição no ranking nacional em números de assassinatos de mulheres, de acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2020.
Quanto às denúncias, somente no ano ado foram mais de 45,8 mil ocorrências registradas nas respectivas Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs), órgãos que também possuem 69 mil procedimentos policiais em andamento.
Um levantamento estatístico da Polícia Civil do estado revela ainda que, até novembro/2020, o Rio Grande do Sul contabilizava 339 feminicídios consumados ou tentados, contra 297 em todo o ano de 2019.
Atualmente, o estado conta com 23 DEAMs localizadas nas cidades de Porto Alegre, Canoas, Gravataí, Novo Hamburgo, Santa Maria, Santa Cruz do Sul, Rio Grande, Pelotas, Erechim, o Fundo, Ijuí, Cruz Alta, Caxias do Sul, Lajeado, Santa Rosa, Bento Gonçalves, Montenegro, Santo Ângelo, Uruguaiana, Bagé, Alvorada, Viamão e São Leopoldo. As unidades atendem diariamente mulheres que denunciam as agressões sofridas.
Denuncie
O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) disponibiliza canais de atendimento gratuitos para o registro de denúncias 24h por dia. Desta forma, é possível acionar o Ligue 180 (Central de Atendimento à Mulher) pelo aplicativo Direitos Humanos Brasil, pelo site da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH), pelo Telegram e, mais recentemente, pelo Whatsapp, no número (61) 99656-5008.
Matéria: Wilton Araújo (Ascom MMFDH)
Oito viaturas serão adquiridas para uso nas Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs), no estado do Rio Grande do Sul (PC-RS). Os veículos são resultado do investimento de R$ 1,28 milhão do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) e outros R$ 77 mil em parceria com a Secretaria de Segurança Pública do estado.
"As polícias civis e militares são, em geral, a porta de entrada principal que as mulheres buscam quando se sentem ameaçadas e até mesmo quando agredidas, por isso estamos fomentando a aquisição de viaturas e equipamentos", destaca a adjunta da Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres (SNPM/MMFDH), Dinah Silva.
De acordo com a secretária adjunta, a ação é uma estratégia para o fortalecimento da rede de atendimento, que tem como objetivo reduzir os casos de violência contra a mulher. "Esse é um compromisso assumido pela SNPM em encontros com a Polícia Civil e Militar", enfatiza.
Os valores investidos pelo ministério são de emendas parlamentares de comissão e relatoria, do Congresso Nacional. Para a ação, os Poderes Executivo e Legislativo realizaram trabalho conjunto.
Efetividade
A chefe da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, delegada Nadine Anflor ressalta que a aquisição vem em boa hora. Segundo ela, a idade média do efetivo de veículos é antiga e impossibilita ações educativas, que também constam nos objetivos.
"Não somente aquele trabalho de polícia judiciária, de investigação depois que o crime aconteceu, mas também de viaturas que vão possibilitar aos policiais fazerem - além dessa busca ativa de mulheres vítimas de violência - palestras, encontros com pessoas nas comunidades", afirma.
Para a delegada-chefe, as novas viaturas cooperam também com o trabalho dos profissionais. "Isso traz, além de segurança para as mulheres vítimas de violência, uma renovação de esperança. Traz o que é fundamental para os policiais, um estímulo para que eles vejam que estão sendo valorizados nessa área, que eles são muito importantes e fazem a diferença não somente para a mulher, mas também para a família inteira", completa.
Estado
O Rio Grande do Sul possui 5,8 milhões de pessoas do sexo feminino (51,3% da população) e ocupa a 4ª posição no ranking nacional em números de assassinatos de mulheres, de acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2020.
Quanto às denúncias, somente no ano ado foram mais de 45,8 mil ocorrências registradas nas respectivas Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs), órgãos que também possuem 69 mil procedimentos policiais em andamento.
Um levantamento estatístico da Polícia Civil do estado revela ainda que, até novembro/2020, o Rio Grande do Sul contabilizava 339 feminicídios consumados ou tentados, contra 297 em todo o ano de 2019.
Atualmente, o estado conta com 23 DEAMs localizadas nas cidades de Porto Alegre, Canoas, Gravataí, Novo Hamburgo, Santa Maria, Santa Cruz do Sul, Rio Grande, Pelotas, Erechim, o Fundo, Ijuí, Cruz Alta, Caxias do Sul, Lajeado, Santa Rosa, Bento Gonçalves, Montenegro, Santo Ângelo, Uruguaiana, Bagé, Alvorada, Viamão e São Leopoldo. As unidades atendem diariamente mulheres que denunciam as agressões sofridas.
Denuncie
O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) disponibiliza canais de atendimento gratuitos para o registro de denúncias 24h por dia. Desta forma, é possível acionar o Ligue 180 (Central de Atendimento à Mulher) pelo aplicativo Direitos Humanos Brasil, pelo site da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH), pelo Telegram e, mais recentemente, pelo Whatsapp, no número (61) 99656-5008.
Matéria: Wilton Araújo (Ascom MMFDH)
Imagem: Gustavo Mansur (Palacio Piratini)